José Serra, o quase-presidenciável do PSDB, promoveu neste ano eleitoral de 2010 mais inaugurações do que Lula e Dilma Rousseff, a candidata do PT.
Considerando-se todo o pacote administrativo-eleitoral (inaugurações, lançamentos de projetos, visitas a indústriais e vistorias em obras), Serra foi a 32 eventos desde 1º de janeiro –um a cada dois dias.
No mesmo período, Lula e Dilma deram as caras em 27 atividades do gênero –uma a cada dois dias e meio. Somando-se a entrega de um hospital estadual, no Rio, à qual compareceu sozinha, Dilma vai a 28.
Computando-se apenas as inaugurações, Serra conserva a dianteira. Compareceu a 27 cerimônias. Lula e Dilma foram a 21. Incluindo-se o hospital carioca, Dilma soma 22.
Embora prevaleça nos números, Serra perde no tamanho da vitrine. O governador desfila sua quase-candidatura em São Paulo. Lula leva a candidatura de Dilma para passear em diferentes Estados.
Os dois lados qualificam as solenidades como atos extritamente administrativos. Mas a comparação com 2009 desmonta a pantomima.
Num cotejo com o mesmo período do ano passado, Serra participara de dez inaugurações. Lula, fora apenas a sete.
A fúria com que descerram-se as placas e cortam-se as fitas encontra explicação no calendário eleitoral.
Serra e Dilma terão de trocar as cadeiras de governador e de ministra pelos palanques até 3 de abril.
De resto, reza a lei que, a partir do dia 6 de julho, nenhum candidato a cargo eletivo poderá tomar parte de inaugurações.
Descontado o fato de que, no gogó, Lula é mais efusivo do que Serra, o governador tucano também se serve das solenidades oficiais para exaltar os próprios “feitos”.
A eloquência verbal de Lula e a indefectível presença de Dilma nos eventos federais levaram a oposição a protocolar nove representações no TSE.
PSDB, DEM e PPS acusam a candidata oficial e o cabo-eleitoral dela de fazer campanha eleitoral antecipada. Algo que a lei proíbe.
Até aqui, a tese não prosperou nos julgamentos. Para o Tribunal Superior Eleitoral, o presidente e sua preferida não ultrapassaram, por ora, a fronteira que separa o legal do ilegal.
A aferição das estatísticas pode levar o petismo a dizer que, tomada pela movimentação de Serra, a oposição reclama, por assim dizer, de barriga cheia.
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Escrito por Josias de Souza
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terça-feira, 16 de março de 2010
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